Como dissemos no nosso último post da série #hidrolatoshortasesaberes, os hidrolatos carregam em si óleos essenciais também, então a dúvida fica...qual a diferença entre óleos essenciais e hidrolatos?
A maior diferença é a concentração de princípios ativos, os hidrolatos possuem bem menos princípios ativos por volume (0,05 a 0,20 g por litro segundo; RODRIGUES et al., 2011; AGUIAR et al. 2017), já os óleos essenciais são bem concentrados, puros, na verdade. Agora você pode estar pensando, então hidrolatos não são bons pois possuem baixas concentrações de princípios ativos. Não, muito pelo contrário, por conta disso, são considerados ótimas alternativas aos OEs, pois conferem mais segurança, sendo considerados mais seguros para crianças, pessoas com debilidades e animais domésticos. Por conta disso, pode até ser alguns podem ser até ingeridos puros, com todo cuidado necessário, claro!
Não estou falando mal dos óleos essenciais, eles são ótimos, é que são substâncias que devemos ter mais cuidado no uso, uma gotinha é equivalente à no mínimo 25 xícaras de chá da própria planta...você jamais usaria 25 xícaras de chá de uma vez...certo!? Ou seja, os óleos essenciais possuem muito mais que nosso corpo precisa e/ou consegue suportar.
Outro ponto importante, de diferença, é a sustentabilidade. Enquanto uma destilação de 100kg de Lavandula angustifolia, por exemplo, gera aproximadamente 0,76l de óleo essencial temos 15l de hidrolato sendo gerados. Por conta da segurança, rentabilidade e sustentabilidade, costumamos dizer que eles são a aromaterapia do futuro.
Porém, cada um tem seus prós e contra, no caso de durabilidade, os óleos essenciais são os melhores, pois duram anos se bem armazenados, já os hidrolatos, por serem quase exclusivamente água, a qual não é conservante natural, duram até 3 meses na geladeira após abertos.
Hidrolato ou óleo essencial, todos são bons desde que sabia-se utilizar e reconhecer suas qualidades e deficiências.
Semana que vem tem post sobre como utilizar os hidrolatos, espero você por aqui ;) Lembrando que no dia 29 de setembro em dois horários (um bom para quem está no Brasil e outro bom para quem está na Europa) haverá o curso ao vivo Hidrolatos e suas Potencialidades. Saiba mais aqui: Brasil e Europa. Não haverão novas turmas este ano.
Citações:
RODRIGUES, M. S.; JARDINETTI, V. A.; SCHWANESTRADA, K. R. F.; CRUZ, M. E. S.; JESUS, L. S. Atividade fungitóxica de hidrolatos de plantas medicinais. Cadernos de Agroecologia, v. 6, n. 2, 2011.
JUNIOR, Veiga. Hidrolato de Pau Rosa (Aniba roseadora Ducke) como insumo para cosméticos. Scientia Amazonia, v. 6, n. 1, 94-101.
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